A Rede Ambiental de Valorização de Ecossistemas em Restauração (Reaver), foi convidada pelo Greepeace Fortaleza, a participar da ala socioambiental “A Luta Pela Mãe Terra É Diversa”, na XXIII Parada da Diversidade. 🌎✨.
A caminhada ocorreu no domingo, 30 de julho, e contou com a participação de diversos movimentos sociais de Fortaleza. A iniciativa teve como objetivo homenagear diversas lideranças socioambientais LGBTQIAPN+ do país, reconhecendo suas contribuições fundamentais para a defesa do meio ambiente e dos direitos humanos.
A Reaver esteve enquanto rede desfilando com adesivos de educação ambiental e levantando cartazes falando sobre a diversidade de ativistas ambientais. Frases como: “A luta pela mãe natureza é diversa” foram exibidas, reforçando a importância de um movimento inclusivo e plural.
Na ocasião, o evento buscou destacar a importância da diversidade na luta pela Mãe Terra, celebrando a interseção entre justiça ambiental e igualdade de gênero e sexualidade. Mostrando que, assim como a própria natureza, rica e diversa em biodiversidade e interconexões, as pessoas que lutam por causas socioambientais trazem consigo uma variedade de experiências e perspectivas. Essa diversidade fortalece o movimento, tornando-o mais forte e representativo.
Thayná Sousa, integrante da Rede Reaver e do Coletivo Revide, esteve presente na XXIII Parada da Diversidade e comentou sobre a importância da participação da juventude nos espaços de incidência política. “Foi muito bom. Eu acho extremamente importante a nossa participação porque precisamos ocupar mais espaços. E falar de meio ambiente nesse meio que ninguém pauta, é importante para que todos vejam que também há pessoas nessa luta”, comentou.
A assessora técnica de TdH Brasil, Vanessa Feitosa comentou que foi um momento importante para a Reaver tendo em vista que falar de diversidade inclui o convívio respeitoso com todos os seres incluindo a natureza não humana. “Quando falo natureza não humana ressalto que nós também somos natureza e também somos diversos. A natureza não humana é o maior exemplo e inspiração de respeito e convívio harmonioso com a diversidade. Portanto, trazer essa reflexão para esta rede de jovens que têm se constituído com o propósito de melhorar a integração, o cuidado e o respeito com a mãe Terra, é necessário”, ressaltou.
Dados alarmantes
De acordo com levantamento feito pelo Grupo Gay Bahia (GGB), a mais antiga Organização Não Governamental (ONG) LGBT da América Latina, só em 2023 foram 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil.
Esses números mantêm o Brasil como o país mais homotransfóbico do mundo, destacando a urgente necessidade de ações e políticas eficazes para combater a violência e discriminação contra essa comunidade.
Dessa forma, a divulgação desses números pelo GGB reforça a necessidade de maior conscientização, educação e ações para enfrentar a homotransfobia e promover uma sociedade mais justa e inclusiva.